Mulheres em geral costumam ter mais dificuldade com os números do que os homens.Pesquisa afirma que isso pode ocorrer porque elas não são incentivadas a estudar ciência.
Em países onde a desigualdade entre os sexos é reduzida, as mulheres não apenas vão tão bem em matemática quanto os homens, como vão melhor em todo o resto. A conclusão é de um estudo que pode desbancar a crença de que elas são piores do que eles quando o assunto é números. Desde que foi detectada, a diferença de rendimento na área de exatas entre homens e mulheres tem causado muita polêmica. Para tentar desvendar o motivo por trás desse mau desempenho feminino, a pesquisadora Paola Sapienza, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, resolveu levantar a performance de ambos os sexos em diversos países para verificar se o problema era global.
Para isso, ela e seus colegas analisaram dados de 276 mil crianças em 40 países, obtidos em uma prova de matemática, leitura, ciência e capacidade de resolver problemas, padronizado internacionalmente.
Os resultados mostraram que apesar de os meninos realmente irem melhor do que as meninas no mundo como um todo, essa vantagem desaparece em países como Suécia, Noruega e Islândia, onde praticamente inexiste a desigualdade entre os sexos.
Em média, globalmente, elas acabaram com cerca de 10 pontos a menos que eles na prova de matemática. Na Suécia, a diferença foi de menos de um ponto. Na Turquia, onde as mulheres são mais reprimidas, elas fizeram em média 23 pontos a menos que eles.
Na leitura, no entanto, as meninas tiraram as notas mais altas em todos os países, e naqueles mais igualitários elas foram melhor ainda. Em média, a nota delas nessa disciplina foi 32,7 pontos mais alta. Na Islândia, a vantagem feminina no quesito chegou a 61 pontos. Na Turquia, foi de 25 pontos.
Para Sapienza, isso mostra que em geral as meninas são simplesmente menos incentivadas a estudar os números. “Falta de encorajamento em casa e discriminação no local de trabalho nas carreiras de ciência e matemática podem reduzir os incentivos para as meninas estudarem matemática”, disse a pesquisadora ao G1. Ela afirma no entanto que as duas coisas podem ser apenas uma grande coincidência e que mais estudos serão necessários para realmente garantir que é a desigualdade de gênero a causa do problema.
Fonte: Globo
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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